Reajuste
- Indústria do plástico se preocupa com mudança no valor das resinas
termoplásticas. Resinas vão subir 4,5% no mercado interno.
O realinhamento dos
preços das resinas termoplásticas produzidas no Brasil aos valores praticados
no mercado internacional trazem inquietação à indústria de transformação
plástica. Só em outubro, a alta prevista está em torno de 4,5% . Há temor de
que os reajustes na matéria-prima se reflitam como desaquecimento na atividade
industrial.
Os preços domésticos
das resinas termoplásticas serão reajustados em até 4,5% entre este mês e
novembro, diante do encarecimento da nafta, derivado do petróleo usado como
matéria-prima na fabricação de plásticos, e dos aumentos anunciados nos últimos
meses no mercado internacional.
Conforme a Braskem,
maior petroquímica do continente americano, a aplicação do reajuste será
gradual, decorre da necessidade de alinhamento das cotações àquelas praticadas
no mercado externo e não está relacionado ao recente aumento do imposto de
importação de determinados plásticos.
Até o fim do ano,
contudo, a tendência é a de que os preços se acomodem, com possibilidade de
descontos já no mês de dezembro. "Até um mês atrás, a tendência
internacional era de alta. Hoje, contudo, já se vê arrefecimento nos Estados
Unidos e na Ásia e esse movimento deve chegar ao Brasil em dezembro",
avalia Otávio Carvalho, diretor da consultoria Maxiquim, especializada no acompanhamento da indústria
petroquímica.
Em agosto, a Braskem
já havia implementado um reajuste de 8%, diante da alta das cotações
internacionais. O novo índice de aumento, que deve ficar entre 4% e 4,5%,
corresponde à defasagem de preços existente desde aquele mês, segundo a
companhia.
"Existe um
histórico de paridade com os preços das resinas importadas, mas esse ajuste
leva em geral entre um e dois meses", explica Carvalho. Em relação à
nafta, diz o especialista, a tendência de alta permanece, porém com força
inferior à verificada nos últimos meses. "As cotações devem se manter em
trajetória de alta, mas não tão forte como se viu há alguns meses", avalia
Carvalho.
De acordo com Alfredo
Schmitt, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens
Plásticas Flexíveis (Abief), o reajuste de
aproximadamente 4,5% já teria sido integralmente implementado neste mês.
"A alta tem sido motivada pelo preço da nafta e pelas cotações
internacionais, visto que esses produtos são commodities", afirma Schmitt.
Segundo o presidente
da entidade, o segmento de transformação de plásticos tem sofrido compressão de
margens, "o que muitas vezes inviabiliza os negócios". De janeiro a
agosto, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), as exportações
brasileiras de resinas subiram 5,45% em volume e recuaram 4,1% em receita. Já
as importações recuaram 14,76% em volume e caíram 19,43% em receita.(Outubro
2012)
Fonte:http://www.observasc.net.br/polimeros/index.php/economia/45-reajuste-industria-do-plastico-se-preocupa-com-mudanca-no-valor-das-resinas-termoplasticas
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